sábado, 24 de outubro de 2009

Twitter, combinação perfeita para o jornalismo?

A rede fundada em março de 2006 pela Obvious Corp em São Francisco que possibilita aos seus usuários acompanharem atualizações pessoais e de próprio interesse em tempo real já é um sucesso no Brasil.
Segundo dados postados pelo blog do twitter, cerca de 7% dos usuários são brasileiros, o que dá ao Brasil o 4º lugar no ranking de acessos via web.
Há quem diga que atualmente o twitter já é uma das principais fontes de informação, sendo acessado por jornalistas que já fazem do uso da rede como trabalho.
O site pode funcionar como um centralizador de informações enviadas via Twitter por jornalistas em todo mundo, uma espécie de redação online. Novas tendências como essa vem sendo motivo de preocupação de grandes jornais.
Nos EUA uma revista conceituada, a New Yorker, já publicou um artigo sobre a vida e a morte dos jornais americanos e aponta que os jornais nos Estados Unidos vêm perdendo anunciantes, leitores e valor de mercado, com quedas constantes em suas ações. O New York Times Company, por exemplo, chegou a despencar 54% desde 2004.
Mas o que o twitter e as demais fontes online de informação ainda perdem para o tradicional jornalismo impresso e televisivo, é a diversidade de informações concentradas em um único exemplar ou programa. O jornalismo na web ainda faz com que as pessoas leiam e cheguem a informações de apenas seu interesse, sendo que as demais notícias que normalmente passariam desapercebidas na internet, estão disponíveis nas páginas de um jornal ou então em um tele jornal. É o que acontece no Twitter, o usuário deve “seguir” pessoas com gostos muito semelhantes aos seus, sendo assim as informações circulam de acordo com o tipo de interesse de determinado grupo, o que gera uma super especialização em determinado assunto o que pode isolar de informações e temas que, a princípio, não atrairia a atenção.
Por outro lado, redes como o twitter e blogs permitem também a repercussão de noticias da mídia tradicional, onde elas podem ser discutidas de forma dialógica, o que é bloqueado em jornais e tevês, por exemplo.
O twitter parece ter chego para ficar, suas discussões e dúvidas geradas a respeito de sua combinação com o jornalismo repercutem cada vez mais no mundo das informações, mas ainda há dois lados da moeda e muito a se analisar.
Por Flávia Peres

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