quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dois times. Uma única paixão. Resultado: muita rivalidade

São mais de noventa anos de disputa. A dupla Bra-Pel é sinônimo de rivalidade. A história sobre o início do confronto tem várias versões. Uns dizem que teria começado por causa do fardamento do Grêmio Esportivo Brasil que, quando surgiu, era parecido com o Esporte Clube Pelotas. Outros dizem que teve início com um jogo onde o Pelotas teria jogado com um jogador irregular.
Motivos a parte, certo é que a rivalidade existe e tem até os que ousam afirmar que não existe disputa igual no Rio Grande do Sul. “A gente costuma dizer que só perde para o Grenal, mas eu tenho minhas dúvidas. Aqui se respira BraPel”, diz o radialista Fernando Monassa.
E mesmo quem já jogou em times por todo país se admira com o confronto. “Já joguei em muitos lugares e não existe disputa como a do BraPel. Aqui não só o pessoal dos times ou torcedores se envolvem. É uma cidade inteira. E a mídia ajuda muito nisso. Em nenhum outro lugar tem cobertura tão exaustiva da imprensa como aqui.”
BraPéis memoráveis pela alegria, pela beleza. Outros memoráveis pela tristeza, a covardia. Para aqueles que participaram de alguma maneira da disputa restam muitas histórias para contar. E segundo Mário Amaral, historiador e um dos autores do livro “A história dos Brapéis”, em alguns momentos essa disputa até deu lugar para a união. “Houve um momento da história em que o Brasil estava para fechar por causa das dívidas. Então o Pelotas teve a idéia de fazer um BraPel e reverter toda a renda para o xavante. Ele fez isso porque não podia perder seu maior adversário, afinal, na verdade, um time não existe sem o outro”, afirma Amaral.
Fernanda Franco

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